Posts

Showing posts from November, 2017

O estupro em casa do meu cunhado-parte2

Image
Abusada sexualmente pela segunda vez, aquele homem de 40 anos, me fez encher rio de lágrimas Não me esqueço daquela noite, 31 de Dezembro de 2008, passavam só 13 meses após a morte do meu pai, meu cunhado, me fez vivenciar um episódio tão triste que, me fez e me faz pensar, o terror de viver de favor em casa dos outros, quando não se tem escolha. A pergunta que sempre me incomodou é sobre o porque de esperar o meu pai morrer para me submeter a tal maldade? Na parte 1, deste texto com o subtítulo “as noites sangrentas em casa do meu tio” vimos que, quando a Ana pensava que tinha encontrado pessoas que a podiam dar apoio, a mesma acabou sendo culpabilizada e ameaçada. Esta situação acontece muitas vezes, crianças abusadas sendo culpabilizadas pela vitimação, ameaçadas para não procurar ajuda, facto que faz com que não só o agressor fique impune, mas que continue a vitimizar mais e mais crianças. O meu primeiro beijo foi forçado pelo meu cunhado Se passavam 3 anos, após o abu

Fui abusada sexualmente: as noites sangrentas em casa do meu tio

Image
Fui abusada sexualmente- parte1 As noites sangrentas em casa do meu tio Eu sou Ana, fui abusada sexualmente, tinha apenas 13 anos, como a maioria da minha geração, eu ainda andava na escola primária. Tinha acabado de chegar de Tchivaklhelo, uma terra pouco conhecida no interior do norte de Inhambane. Àquela ansiedade de conhecer a capital da minha província e aproveitar a oportunidade que a maioria dos meus colegas e amigos do bairro não tiveram, continuar com os estudos, depois de terminar a 5ª Classe. Foi numa noite do mês de Julho, eu estava sozinha na cama a dormir, sabia que minha tia, que estudava à noite iria chegar, e tinha sempre que preparar-me psicologicamente para afastar da cama cedendo-lhe um espaço para ela dormir, partilhávamos a mesma cama. Mas, naquela noite as coisas foram diferentes, por volta da meia noite, ouvi a porta a abrir, pensei na minha tia, como de costume, sem abrir os meus olhos, afastei-me aproximando da parede de forma a ceder um espaço para