Mulher e Sociedade
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É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta. Se voltarmos para a história da bíblia, a mulher foi concebida como a origem do mal, a que deu o fruto proibido ao Adão e assim os dois pecaram e foram expulsos do paraíso. 

 Durante muito tempo a mulher foi colocada numa posição de subordina ao homem, aquela a quem competiam todas as tarefas domésticas, aquém ao seu marido devia servir com sorriso, obediência, pois ao homem, como refere Arthur (2007) lhe foi atribuído o estatuto de patrono de casa, ao qual a mulher deve total e indiscutível obediência.

Entretanto, com a revolução industrial e a necessidade de mão-de-obra barata, a mulher passou a engrenar no mercado do trabalho, ainda que com a sobrecarga de tarefas domésticas. 
Foi graças a essa revolução e ao movimento feminista que a mulher começou a ganhar espaço na sociedade, passando a ter direito a voto e a liberdade de expressão.

 De acordo com Josiane Costa, muitas mulheres e homens, atualmente, ainda não sabem a diferença do ‘machismo’ para o ‘feminismo’ e acabam julgando as tantas mulheres que lutam diariamente para impor o direito de ‘liberdade’ a todas as mulheres Machismo é uma forma de opressão quando se transforma diferenças em desigualdades, gerando benefícios apenas para um grupo, isso pode acontecer em classes sociais, raças e religiões, mas no caso entre homem e mulher chamamos de Machismo.
Essa opressão pode ocorrer por varias formas, como aquelas velhas piadas como ‘mulher não sabe dirigir, lugar de mulher é na cozinha’, na diferença de cargos e salários, onde o homem sempre ocupa cargos mais altos e ganham mais, em todos os tipos de agressão, física, verbal ou psicológica.


 Os movimentos feministas são movimentos políticos com a meta de ter igualdade de direitos entre homens e mulheres, garantindo a participação da mulher na sociedade de forma igual aos homens, na política, nas empresas e mesmo em casa. 

A primeira fase e a mais emblemática do feminismo data o século XIX quando se conquistou o sufrágio feminino, e a mulher começou a ter direito ao voto.

 A Segunda fase da luta das feministas, sucedeu na década de 1960, em que a luta tinha o seu foco na libertação da mulher, reivindicava-se a igualdade social, cultural e política para as mulheres, aí surgiu à comunicação de massa, onde as feministas encorajavam as outras mulheres a refletir sobre suas vidas em diversos aspetos, entre eles, política e poder. 

A Terceira fase da luta do feminismo ocorreu na década de 1990, para melhorar alguns dos aspetos falhados na segunda fase, começou a se discutir a importância de emancipação e a participação da mulher na sociedade, sem descriminação de questões raciais. Discutiu-se o que é melhor para as mulheres na época, questões culturais, social, racismo, padrões de beleza, a participação da mulher na sociedade, principalmente as negras. 

O conflito de liberdade de expressão da mulher moderna 

“Muitas pessoas, hoje em dia, associam o termo ‘feminista’ como sendo mulheres extremamente radicais e como muitas pessoas falam “chatas”, “mal-amadas” mulheres ‘não femininas” e que querem tirar os direitos dos homens. Na realidade a maioria das pessoas não conhece a história sobre o feminismo e sua importância nos movimentos até chegar aos dias atuais. 

Muitas mulheres hoje, mesmo as escolarizadas não gostam de ser chamadas como feministas e até acham que esse termo uma ofensa, simplesmente pelo fato de não conhecerem a história e seu significado. Muitas dizem: “Não sou feminista, sou feminina” ou “Não sou feminista e nem machista” Feminismo não prega a dominação das mulheres sobre os homens. Feminismo clama por igualdade.

 Feminismo não é o contrário de machismo. Machismo é um sistema de dominação. Feminismo é uma luta por direitos iguais.

 Para quem acha que ser feminista é estar contra os homens aí vai um esclarecimento, feminismo não é contra os homens como muitas pessoas pensam e sim a favor dos direitos iguais entre homens e mulheres. 
Existem muitos homens que são feministas e que lutam pelos direitos iguais das mulheres o que geram bastante ‘choque’ na sociedade, porque os homens são ‘induzidos’ desde crianças a serem machistas pela sociedade, a serem superiores as mulheres em muitas coisas. 


  Conclusão 

A resposta para a pergunta sobre o lugar da mulher na sociedade tem criado grandes debates, se por um lado defende-se que a mulher deve ser o espelho para a condução de uma sociedade mais igualitária, mais livre, mais humana e mais inclusiva, por outro lado, opiniões do atual século são apologistas de que o lugar da mulher na sociedade é onde ela quiser, visto que detém, o conhecimento, que é a necessária para decidir sobre si e comunicar a sociedade por suas ações, suas decisões. Desde o ser executiva, dona de casa, engenheira e/ou o decidir o que fazer com fazer com o seu corpo.

 Não consigo dizer que o lugar da mulher é onde ela quiser, quando vemos notícias como a do assassinato da Marielle Franco entre outras ativistas defensoras dos direitos da mulher. 

Eu, digo que o papel da mulher na sociedade atual ainda se encontra inserido numa luta de difícil, embora tenhamos muitos documentos a defenderem a igualdade entre o homem e a mulher, temos ainda um caminho muito longo por percorrer para que tal fato se materialize no nosso dia-a-dia, não só nas esferas públicas sensíveis a críticas, mas sobretudo na esfera privada, no seio familiar. 



 Apresentação feita na Universidade Europeia, em Lisboa, ao evento sobre “mulher e sociedade” dinamizado pela Associação dos estudantes Angolanos Por Júlia da Regina Sainda. Lisboa, 24 de Marçco de 2018.

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